Marcondes Araujo

03
Fevereiro

Medida tem objetivo de diminuir taxas de juros e evitar superendividamento

Solange Wollenhaupt | Assessoria/Procon/Sejudh-MT

No dia 26 de janeiro o Banco Central do Brasil emitiu resolução (nº 4.549), fixando novas regras para o financiamento do saldo devedor da fatura do cartão de crédito e outros instrumentos de pagamento pós-pagos.

Na prática, explica a superintendente do Procon-MT, órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Gisela Simona Viana, isso significa que a dívida do cartão de crédito não paga integralmente no vencimento poderá ficar no sistema de crédito rotativo por, no máximo, 30 dias (vencimento da próxima fatura). Decorrido esse prazo, o saldo remanescente poderá ser financiado em linha de crédito oferecida pela instituição financeira, com juros mais baixos.

Terminados os 30 dias, o consumidor terá duas opções: pagar integralmente o restante da dívida ou parcelar nas condições oferecidas pela administradora do cartão, sempre mais vantajosas que ficar no crédito rotativo. “Se perceber que não poderá saldar a dívida nesse prazo, recomendamos que o consumidor entre em contato com a instituição financeira e verifique qual parcelamento está disponível. Quanto menor o número de parcelas, menos juros”, alerta a superintendente.

As instituições tem até abril para se adaptarem à nova norma, que entra em vigor a partir de 03/04. A medida valerá para todos os tipos de cartão, exceto para os cartões de crédito consignado que, por envolver desconto nos salários dos clientes, tem riscos de inadimplência menores.

A resolução beneficia os consumidores, pois atualmente o crédito rotativo é o que tem maior taxa de juros, cerca de 500% ao ano. “O objetivo é diminuir juros e evitar o superendividamento”, destaca Gisela Simona.

Serviço

O Procon-MT atende na sede estadual, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA), nº 917, Edifício Eldorado Executive Center – Bairro Araés, de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h, para registro de reclamações, audiências, consulta de processos e protocolo de documentos.

No posto do Ganha Tempo da Praça Ipiranga o atendimento ao público é de segunda a sexta-feira, das 07h30 às 17h e aos sábados das 07h30 às 12h30. No Várzea Grande Shopping, das 10h às 19h. No posto da Assembleia Legislativa (AL), o atendimento é de segunda a sexta-feira, das 07h às 18h.

Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 151 ou (65) 3613-8500.

03
Fevereiro

Evelyn Ribeiro | Gcom-MT

Dores de cabeça, dificuldade na leitura e incômodo para enxergar as letrinhas da prescrição médica, receita culinária ou até mesmo a parceira. Estes eram empecilhos enfrentados por quem não estava conseguindo enxergar de perto ou de longe, mas que tiveram uma solução durante a passagem da 10ª Edição do projeto Ribeirinho Cidadão na comunidade do Sangradouro e Distrito da Agrovila esta semana.

A consulta oftalmológica acompanhada da entrega dos óculos gratuitamente é uma das novidades do projeto. Em dois dias de atendimento, 105 pessoas já foram assistidas. O projeto é uma realização do Tribunal de Justiça e Defensoria Pública e conta com o apoio do Governo do Estado, Assembleia Legislativa e vários parceiros.

“Fazemos este trabalho desde a terceira edição, ao perceber que precisávamos ofertar outros serviços de cidadania ligados à saúde. Este ano contamos com a parceria do Governo, que já faz um atendimento semelhante na Caravana da Transformação”, destacou o defensor público e coordenador do Ribeirinho Cidadão, Air Praeiro Alves.

Uma hora antes do início dos atendimentos, a auxiliar de sala, Maria Zilda, 47 anos, já se preparava em casa para deixar os óculos antigos e que não estavam tão bons quanto antes. Ela é natural do Paraná, mas está em Mato Grosso há 15 anos. “Os óculos são muito importantes para mim, porque sem eles não consigo enxergar nada, nem o livro de receitas que sempre dou uma olhadinha quando quero lembrar algum ingrediente”, relatou.

Maria Zilda está desempregada e atualmente faz salgados para complementar a renda mensal obtida pelo marido, que é autônomo. Na hora de escolher a armação teve dúvida sobre qual modelo escolher e uma certeza: “Estar aqui hoje é uma oportunidade única, porque para mim é muito difícil comprar. Valeu a pena ter esperado tanto e sou muito agradecida ao pessoal do Ribeirinho Cidadão”, disse a auxiliar.

“Esposa mais bonita”

Casados há 38 anos, Osvaldo Tadeu da Costa, 53 anos, e Lúcia Guilhermina, 51, vão dar início a uma nova parceria juntos. Sem nunca terem ido a uma consulta com oftalmologista, os dois foram diagnosticados com problemas de visão e terão que usar óculos.

“Para mim foi emocionante quando o doutor colocou o aparelho no meu rosto e consegui enxergar direito. Não conseguia ler as letras pequenas e cheguei a usar óculos de outra pessoa”, revelou Lúcia.

Satisfeito com a consulta, Osvaldo conta que agora terá um motivo a mais para se conformar por ter que usar óculos: “Sentia dor de cabeça direto e não sabia o que era. Agora, além de me sentir melhor, vou ver minha esposa mais bonita ainda”, brincou.

O optometrista Carlos Hirose está atuando como voluntário no projeto e segundo ele, 80% dos pacientes atendidos estavam com hipermetropia (dificuldade de enxergar perto) ou astigmatismo (dificuldade de enxergar longe). “Os relatos são bem parecidos e se tratam de um problema crônico. Destes, apenas 5% precisam de cirurgia e fizemos o encaminhamento”, explicou.

Na comunidade Sangradouro, das 78 pessoas que passaram pela consulta, 74 precisam usar óculos. Já no distrito da Agrovila, dos 27 consultados, apenas três pessoas não vão utilizar o acessório.

O projeto Ribeirinho Cidadão segue até o dia 20 de fevereiro com atendimentos médicos, serviços de cidadania, eleitoral, social e trabalhista. Dentre as localidades a serem atendidas, além da Agrovila das Palmeiras, estão Barão de Melgaço, Poconé, Mimoso, Serra de São Vicente e Porto de Fora.

Para esta sexta-feira (03), mais 50 consultas oftalmológicas já foram agendadas e devem ser concluídas até o final do dia na Agrovila das Palmeiras.

03
Fevereiro

A ideia é que produtos da região ganhem selo que certifica a qualidade do produto e respeito às normas ambientais

Natalie Luna e Thiago Andrade | Gcom-MT

O governador Pedro Taques apresentou, nesta sexta-feira (03.02), no Fórum dos Governadores do Brasil Central, em Goiânia (GO), a proposta de criação de um selo de qualidade para os produtos produzidos da região. A ideia, segundo Taques, é garantir também que os produtos da região respeitam as leis ambientais e trabalhistas. A inspiração vem do Instituto de Carnes de Mato Grosso (Imac), que já comercializa carne para o exterior com a certificação de qualidade.

Com a ideia aprovada por outros governadores que participam do Consórcio Interestadual do Brasil Central, a ideia é inserir uma marca dos produtos produzidos nesta região. Taques defende que esses produtos tenham uma rastreabilidade, que sejam produzidos com respeito às leis ambientais e sem trabalho escravo. “Em Mato Grosso, nós temos o Imac para a certificação da proteína animal. Existem apenas cinco institutos como este no mundo. Essa experiência é desenvolvida com possibilidade de ampliar a certificação para outros produtos”, disse.

O governador ressaltou que a certificação garante uma marca ao produto e, consequentemente, agrega valor à produção local. “Hoje, além da qualidade intrínseca do produto, queremos conquistar o comércio internacional, e o consumidor internacional tem essa preocupação com o componente de sustentabilidade social. Se o produto for feito com toda a tecnologia de preservação tem um ‘plus’ neste valor final”, exemplificou.

Consolidação do Consórcio

Instituído em 2015, o Consórcio Brasil Central passa por um momento de consolidação das ações. Conforme o presidente do Consórcio, que é governador de Goiás, Marconi Perillo, atualmente o bloco tem R$ 10 milhões para investimentos nas ações para os estados e mais R$ 12 milhões serão esperados para este ano. Os projetos prioritários do Brasil Central serão debatidos em Cuiabá, em reunião que ocorrerá em meados de março de 2017.

Neste primeiro encontro do ano, Perillo mostrou aos demais governadores o programa Goiás Mais Competitivo, voltado para atração de investimentos no estado. Os governadores também conheceram o programa Brasil Digital, do Plano de Infraestrutura Integrada Roland Berger, e um projeto piloto de rastreamento do rebanho. O governador acrescentou ainda que o momento é de entrega concreta de produtos para a população.

Segundo Marconi Perillo, uma consultoria será contratada pelo Consórcio para desenvolver uma estratégia comum de exportações. “Avançamos também na questão do negócio comum, mas ainda não há uma definição final sobre o tema. Entretanto, entendemos que este mercado comum deve levar em consideração a questão sanitária animal e vegetal, incentivos fiscais e questões tributárias”, afirmou.

Ministro das Cidades

A primeira reunião do ano contou com a presença do ministro das Cidades, Bruno Araújo, que elogiou o formato do Brasil Central. Ele ressaltou que a formação do Consórcio mostra a pressa dos governadores com reformas que o País precisa.

O ministro também pediu aos governadores atenção especial ao programa Cartão Reforma do Governo Federal, que vai distribuir mais de R$ 500 milhões para pequenas reformas. Bruno Araújo pediu apoio na realização de mutirões e no chamamento das famílias que podem receber o benefício.

Além de Perillo e Taques, também participaram da primeira reunião os governadores Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Marcelo Miranda (Tocantins), Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal), Confúcio Moura (Rondônia) e o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão.

03
Fevereiro

Leguminosas de grãos secos, as chamadas pulses, têm grande mercado na Ásia. Índia é um importante mercado para produção nacional

A visita à Ásia, especialmente a Índia, realizada no fim de 2016 por uma comitiva brasileira liderada pelo ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, confirmou o interesse do país asiático na importação de leguminosas de grãos secos, as chamadas pulses, produzidas no Brasil. O potencial de mercado de produtos como feijão-caupi, feijão-mungo, grão-de-bico, lentilha, entre outros já era previsto por pesquisadores da Embrapa.

Há mais de dez anos a Embrapa Meio-Norte realiza pesquisas com feijão-caupi em Mato Grosso visando à produção em grande escala com foco na exportação. Testes de linhagens e validação de cultivares são feitas buscando materiais que apresentem alta produtividade, qualidade de grãos e adaptação à colheita mecanizada.

Cultivares como a BRS Tumucumaque, BRS Novaera e BRS Guariba já são utilizadas por produtores de Mato Grosso, que em 2016 cultivaram 173 mil hectares de feijão-caupi, de acordo com dados da Conab.

Mesmo com a falta de chuva afetando a produtividade, a produção do estado foi de 130 mil toneladas do grão. A maior parte ainda é destinada ao mercado nacional, sobretudo da região Nordeste. Entretanto, o volume exportado para países como Índia, Egito, Paquistão e Afeganistão tem sido crescente.

Safra 2015/2016 de feijão-caupi
     

Safra 2015/2016 de feijão-caupi

 

Área cultivada (mil ha)

Produção total (mil toneladas)

Mato Grosso

173

130,6

Brasil

1249

362,3

Fonte: Conab

Mercado crescente

Fonte: Conab

Mercado crescente

Desde que iniciou as pesquisas com melhoramento genético do feijão-caupi visando à colheita mecanizada e o cultivo em grandes áreas, a Embrapa tem trabalhado em conjunto com o setor produtivo e com o setor de comercialização em Mato Grosso. Esse alinhamento possibilitou uma visão antecipada das demandas externas não só para esta cultura, mas também para outros pulses.

“Já esperávamos que essa demanda chegaria. A Índia é o segundo país mais populoso do mundo e a tendência é de crescimento nos próximos anos. A Índia é um grande importador de alimentos e boa parte da população tem nos vegetais (pulses) a principal fonte de proteínas, conta o pesquisador da Embrapa Meio-Norte lotado na Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop-MT), José Ângelo Menezes Júnior.

Somente o sul da Ásia, incluindo países como Índia, Sri Lanka, Bangladesh e Paquistão representam aproximadamente 40% do mercado mundial de pulses. A Índia passa por um momento especial em que a população cresce cerca de 18 milhões de habitantes por ano e em que a economia está em expansão. Com maior renda, o consumo de alimentos tem sido maior.

“Além disso, a produção agrícola indiana é menor que a demanda. Para agravar a situação, nas últimas safras agrícolas, 2014-2015 e 2015-2016, foram produzidas dois milhões de toneladas de pulses a menos devido, principalmente, às adversidades climáticas. Isso provocou aumento das importações de 2,2 milhões de toneladas de pulses”, explica o pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Kaesel Jackson Damasceno e Silva.

Diante deste mercado promissor, juntamente com as pesquisas, estão sendo realizados em Mato Grosso dias de campo, reuniões e visitas técnicas. Até o Congresso Nacional de Feijão-caupi de 2016 foi realizado no estado, em Sorriso. O objetivo de todas essas ações é o de divulgar a cultura e o conhecimento gerado a partir das pesquisas, além de transferir tecnologias sobre o cultivo para agricultores, aumentando a oferta de grãos no mercado.

“O setor de comercialização identificou que há um grande mercado  para exportação, mas para isso é necessário ter quem produza para ofertar o produto. Não adianta apenas fechar contratos internacionais, é preciso ter o produto em quantidade e qualidade para entregar e hoje, para feijão-caupi, a oferta de grãos para exportação é resultado das pesquisas para desenvolvimento de cultivares aptas ao sistema de cultivo de Mato Grosso”, explica o pesquisador  José Ângelo.

Diversificação de opções

Alvo de crescente interesse dos produtores mato-grossenses, o feijão-caupi representa uma opção produtiva para o setor. Com ciclo mais curto e mais tolerante à seca, tem sido usado em Mato Grosso como cultura de segunda safra em áreas onde não é possível semear o milho dentro da janela de plantio.

Outra vantagem da cultura é o custo de produção mais baixo em relação a outras culturas e com menor risco para cultivar na safrinha.

“O custo está em torno de R$ 700 a R$ 800 por hectare, de acordo com produtores da região. O produtor investe menos e tem um risco menor devido à boa tolerância à seca, o que faz do feijão-caupi uma ótima opção para a safrinha”, analisa José Ângelo.

Novo mercado

Uma cultivar lançada pela Embrapa no ano passado, a BRS Imponente, é outra promessa de aumento da produção. Com grãos extra grandes, o material atende a uma demanda do mercado internacional e será uma nova opção para os agricultores.

“A BRS Imponente está na fase de produção de sementes. É uma demanda que veio do setor de comercialização. Eles queriam um grão grande. Ela não está substituindo outras cultivares, é um novo mercado que está sendo aberto. É importante para diversificação, aumentando as opções para o produtor, explica o pesquisador José Ângelo.

Feijão mungo verde

O contato entre o programa de melhoramento da Embrapa Meio-Norte com o setor de comercialização estabelecido na cultura do feijão-caupi também tem expandido o interesse por outros pulses. Em 2014, o programa de melhoramento da Embrapa Meio-Norte começou a fazer testes com vinte linhagens de feijão mungo verde (Vigna radiata) nos estados do Piauí e de Mato Grosso. A espécie é muito consumida na culinária oriental na forma de broto de feijão (moyashi) ou em grãos.

Para acelerar o processo de pesquisa, um dos parceiros exportadores de pulses ajudou no processo de escolha das linhagens disponíveis no banco de germoplasma que seriam estudadas. Com isso, o trabalho de campo já começou restrito às sementes com as características que interessam ao mercado internacional.

De acordo com o pesquisador José Ângelo Menezes Júnior, os resultados das primeiras avaliações em Mato Grosso são animadores, com materiais produzindo bem, com boa qualidade de grão, boa arquitetura de planta e, o mais interessante, com ciclo produtivo curto. Algumas linhagens produzindo em cerca de 65 dias.

As pesquisas ainda estão em fase inicial, mas a previsão é de lançamento de cultivares de mungo verde já nos próximos anos.

Atualmente não há no mercado cultivares de feijão mungo verde com recomendação de cultivo para Mato Grosso.

 Gabriel Rezende Faria (mtb 15.624 MG JP)
Foto: Eugênia Ribeiro

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